CAPÍTULO IX - BIOCOMBUSTIVEIS



(VIDEO EXPLICATIVO)


biodiesel e o etanol são biocombustíveis – isto é, provenientes de biomassa – muito consideráveis e efetivamente utilizados como alternativas aos combustíveis fósseis. O primeiro é formado por longas cadeias carbônicas de ésteres de ácidos graxos e carboxílicos, usualmente extraídos de amostras de lipídios vegetais e animais (óleos, sebo, gorduras etc.) a partir dos processos químicos de esterificação e craqueamento. Já o segundo é um álcool primário de fórmula química condensada C2H6O, sendo usualmente obtido pela fermentação de glicídios da cana-de-açúcar. Ambas substâncias orgânicas, por provirem de vegetais já componentes do ciclo biogeoquímico do carbono – possuírem carbono “neutro” –, não adicionam mais dióxido de carbono (CO2) no sistema terrestre, o que os torna combustíveis climaticamente mais amigáveis do que os demais; além de serem renováveis (são inesgotáveis, considerando a vida da humanidade). Socioeconomicamente, esses biocombustíveis geram muitos empregos primários, no campo, pela cultivação dos diversos vegetais que os darão origem, indo de grãos à já citada cana-de-açúcar. E, pelo setor agrícola ser muito robusto, a produção dessas plantas para tais fins vem se tornando cada vez mais significativa e comum. Contudo, essa iniciativa que parece, inicialmente, ser algo positivo pode estar destruindo a natureza territorialmente: a constante expansão de plantações de plameira dendê e soja (de onde se extraem óleos vegetais para a produção de biodiesel), na Ásia sulina e no Brasil, está levando à devastação de florestas tropicais, principalmente da Amazônia e das selvas do sudeste asiático (dois dos biomas naturais mais biodiversificados da Terra). Ou seja, há um dilema entre aumentar a cultivação dos vegetais que são origem de combustíveis climaticamente sustentáveis e a preservação de ecossistemas naturais.

Do mesmo modo que o combustível fóssil, o biocombustível não deixa de eliminar dióxido de carbono na atmosfera. Em ambas as formas de combustão tem-se como produto o CO2. No entanto, o que torna o biocombustível ecologicamente mais atrativo é sua referente inferior taxa de emissão desse gás. Por provir da plantação de vegetais, o próprio cultivo destes já permite uma fixação do produto CO2, impedindo uma interferência do ciclo do carbono na Terra. O replantio da cultura utilizada, ou seja mais área verde requerendo as matérias para a realização da fotossíntese, ajuda a anular o efeito estufa. Portanto, em tese, o CO2 da queima da cultura anterior é capturado para as novas fotossínteses. Já os combustíveis fósseis provêm do petróleo, ou seja, carbono aprisionado no fundo da terra. Logo, ao liberar todo este carbono aprisionado não existe nenhuma forma de compensação, o que resulta na maior destruição da camada de ozônio. 


O biocombustível é produzido a partir do plantio de diversos vegetais, como a cana-de-açúcar. Porém, assim como o combustível fóssil, ele não deixa de eliminar dióxido de carbono na atmosfera. Isso o torna ecologicamente correto, mas não o faz sustentável, pois continua destruindo a camada de ozônio, mesmo que em menores quantidades em relação ao etanol. Ao analisarmos o significado de “sustentável” no dicionário: Que se pode sustentar, mantendo-se constante ou estável por um longo período, sem prejudicar esta nem as próximas gerações. É possível observar que ambos combustíveis não se enquadram na classificação de sustentáveis, pois ambos irão certamente prejudicar as gerações futuras. Por isso, devemos seguir buscando meios de combustão para uso no cotidiano humano, que não agridam o meio em que vivemos.

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